TEXTINHOS DE FACEBOOK




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Gosto de gente que me puxa pra cima. Gente que explora o melhor de mim. Gente que quer de mim meu melhor sorriso, minha emoção mais sincera. Gente que me faz rir com qualquer bobagem. Que ri das minhas bobagens. Que ri de si mesmo. Gente que é um e que se desdobra em mil. Gente pra quem a verdade tem uma só versão. Gente que quer minha companhia mas também a minha ausência. Gente que pode estar em qualquer lugar mas escolhe estar comigo. Gente que enxerga meus defeitos mas só vê minhas qualidades. Gente que muda meu dia pra melhor. Gente que vem e que vai mas que fica. Gente que me amola, me intriga, me seca. Gente que me inspira, me convence, me leva. Gente que me faz ver cor no mundo. Gente que canta, que dança, que ri no meio da rua. Gosto de gente solta, de gente leve. Gosto de gente que não leva a vida tão a sério.


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PERGUNTAR OFENDE

Relacionamento, na minha época, era uma via de mão dupla. Um cedia de um lado, o outro cedia do outro.

Hoje em dia, alguém mudou as regras e não nos avisou. Convivemos com tolerância zero e ao mesmo tempo precisamos ter tolerância máxima. Nos preocupamos enquanto o outro liga o "foda-se" no talo. Precisamos saber a medida exata do que é dar atenção e do que é pegar no pé. Vivemos na interrogação: perguntar, agora, ofende. Vivemos na corda-bamba. Na era dos relacionamentos efêmeros. De pessoas que querem se relacionar apenas com o nosso melhor. De gente que não tolera defeito. Que nos dá cartão vermelho na primeira falta. Somos expulsos antes de cometer uma falta grave.

Relacionamento, hoje, é jogo. O ruim é que as pessoas não querem apostar alto mais.
  

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FODA-SE O AMOR



O mundo hoje virou um grande "foda-se".

Minha namorada vai achar ruim de eu sair com a minha amiga gostosa? Foda-se. Eu arrumo outra namorada depois. Meu namorado vai ficar puto se eu for fazer intercâmbio em Londres? Foda-se. Eu arrumo outro depois. Meu peguete vai sumir se eu der o perdido nele pra sair com outro? Foda-se. Eu fico com o outro peguete.

Ninguém tem mais compromisso com ninguém ou preocupação de zelar pela "relação" (ainda que essa relação nem tenha começado direito). As pessoas trocam de namorado ou marido mais rápido do que trocam de roupa.

É um grande "foda-se". Só que a pessoa não percebe que, muitas vezes, quem se fode é ela mesma. Que fica sem amor, sem respeito, sem lealdade, sem companheirismo e sem um monte de coisas que só quem se importa realmente com a gente pode oferecer.

Não entendo nada disso, mas, até onde eu sei, amor de verdade não tem nada a ver com ligar o "foda-se".



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EDUCAÇÃO DEMODÊ


Minha família não soube me educar. Meus pais me ensinaram valores que estão em desuso.

Me ensinaram que amor vale mais do que dinheiro, que amizade vale mais do que interesse, que um gesto vale mais do que mil palavras. Que gente de verdade vale mais do que carro, viagem, emprego.

Me ensinaram que eu não devo fazer com o outro aquilo que eu não gostaria que fizessem comigo. Que tudo que a gente faz volta - às vezes em dobro - pra gente. Que nada nessa vida é de graça, a não ser os sentimentos sinceros. Que ninguém morre devendo (se você faz mal pra alguém, você paga antes de morrer). Que vingança é pra gente pequena e que o desprezo é a melhor forma de "se vingar". Que uma relação desigual - dois pesos e duas medidas - não é uma relação de verdade. Que tudo que é de verdade, eu devo levar comigo pro resto da vida. Que pessoas que gostam de crianças e animais são pessoas do bem. Que animais são seres do bem. Que tem muito bicho melhor que muita gente. Que um bom coração vale mais do que uma carteira gorda. Que não se julga alguém pela aparência. Que todos nós vamos morrer mesmo, então o que vale é o que a gente faz aqui e não o que a gente tem.

Meus pais me ensinaram tudo isso e é assim que eu vejo o mundo ainda. Ou, pelo menos, é assim que eu gostaria que ele fosse. 
A educação que eu tive é minha maior riqueza.

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Gente, não voltei a escrever, não! É que postei isso agora de manhã no Facebook e achei que deu um textinho legal pra compartilhar aqui no blog.

Beijos!